• Não costumo (não mais?) falar sobre as coisas que eu gosto com ninguém
Isso, apesar de simples, deve significar que eu não confio mais nas pessoas como confiei. A verdade é que o que eu tenho a dizer sobre as pessoas, as coisas que gosto, gostar: acho que tudo isso mudou na minha cabeça, como eu listo, como eu conecto uma coisa na outra. Mas não inventei novas palavras pras novas funções e sentimentos.
  • Não costumo (não mais?) a ter uma conversa natural enquanto conheço alguém
Já isso é um pouco menos simples, pq as pessoas percebem mais. Queria pular toda a reflexão abstrata (que não estruturei nada, apenas pensei uns segundos) e falar que acho que tenho que aceitar que não estou vivendo. Aprendi e me apoiei a viver com e as vezes para as pessoas que conheço, como se sempre às tivesse conhecido e sempre conhecerei, pois fazem, fizeram e sempre farão parte da minha história. Não posso assassinar esse meu pensamento pq ele é fruto de algo muito bonito que aprendi na vida e que me torna quem eu sou, um dia as pessoas vão entender. Mas também preciso viver e conhecer pessoas e não só "testemunhas".
  • Não costumo (não mais?) "seduzir as pessoas a me conhecer". Sinto que na hora que nos conhecemos eu não mostro uma ansiedade boa, uma curiosidade de conhecer qualquer pessoa e isso aparentemente é importante pra pessoa continuar interessada em me conhecer.
Pensando agora, olhando para esses tópicos, eu queria imaginar como sou para os outros levando em conta, com muito cuidado, que muito do que me fez ficar assim tem a ver com uma vontade minha de melhorar comigo mesmo.

Sabe, é um pouco duro pq traz a tona um ar de que 99% do meu esforço não traz resultado, mas se eu pensar assim acho que não vou chegar a lugar nenhum. Tenho orgulho de todos meus esforços, mesmo que a maior parte deles sejam difíceis de lidar para mim, pois olhando de forma mais dura são só fracassos. Eu sou uma pessoa que em algum momento decidiu que queria ser totalmente diferente do que era com a premissa que, sendo diferente, eu finalmente poderia ser eu mesmo. Sempre me impressiono um pouco quando verbalizo ou escrevo isso (poucas vezes) pq isso pega bem fundo no meu coração. Dói bastante pq é difícil de explicar, tão difícil que eu acredito que estou errado, que falta entender algo mt importante, que esqueci de algo; mas, que mesmo assim, aprendi que preciso continuar a andar em direção ao que acredito.

A tear along the dotted line.

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